Um espelho de tinta negra repousa no primeiro plano, um lago que
parece conter segredos antigos e sussurros esquecidos. A paisagem alentejana
ergue-se além das águas, dourada e suave, como se o próprio sol tivesse
adormecido sobre a terra. O monte, banhado em luz etérea, desfaz-se no
horizonte, onde o céu se torna um azul profundo, quase negro — um véu de veludo
estendido sobre a imensidão. Tudo parece suspenso entre o real e o imaginado, como
se o Alentejo tivesse sido capturado num sonho que não quer acordar.
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