sábado, 20 de agosto de 2016

Da serie Sonho Alentejano em Ouro e Azul

 

Um espelho de tinta negra repousa no primeiro plano, um lago que parece conter segredos antigos e sussurros esquecidos. A paisagem alentejana ergue-se além das águas, dourada e suave, como se o próprio sol tivesse adormecido sobre a terra. O monte, banhado em luz etérea, desfaz-se no horizonte, onde o céu se torna um azul profundo, quase negro — um véu de veludo estendido sobre a imensidão. Tudo parece suspenso entre o real e o imaginado, como se o Alentejo tivesse sido capturado num sonho que não quer acordar.


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